05 dezembro, 2006

Educação, filosofia... e o novo pensar como fica?

Nossa tarefa, enquanto professores de filosofia, enleados como estamos entre o ensino da disciplina, as culturas dos jovens do ensino médio, os problemas micro (a sala de aula) e macro estruturais (políticas públicas), é permanentemente nos perguntarmos – como podemos caminhar, por entre a cultura da indiferença e da falta de planejamento a longo prazo, para uma educação de melhor nível? O que temos desde as DCNs (diretrizes curriculares nacionais), passando pelos PCNs (parâmetros curriculares nacionais), até as Orientações Curriculares das disciplinas é todo um perfilamento, uma moldagem de objetivos para o ensino e aprendizagem que buscam o máximo de atualização, nos aspectos de competência e habilidade, com o mundo contemporâneo do trabalho e do pensamento. Em última análise, podemos dizer que há um empenho da educação escolar em minimizar ao máximo o assincronismo entre escola e mundo. Contudo, como podemos ler em “Educação, trabalho e mercado de trabalho no Brasil” de Azuete Fogaça e Cláudio L. Salm em (http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252006000400021&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt) “a questão educacional não mobiliza a sociedade brasileira. Nossa tradição é de uso da educação escolar como fator de diferenciação entre os segmentos sociais, de legitimação das hierarquias sociais e, com isso, de manutenção das desigualdades.Ou seja, ainda somos dominados pelo credencialismo.” Três aspectos corroboram a argumentação dos autores: 1) em nossa sociedade a igualdade procura firmar-se através da desigualdade, o que, para quem leu “O mestre ignorante" de Rancière, sabe muito bem o que isso significa; 2) as relações trabalhistas (patrão e empregado), com honrosas exceções de algumas empresas que atingiram níveis excepcionais de produtividade, interação e criatividade entre diretores e operários, além da participação nos lucros, são ainda um desastre, um atraso absoluto em nosso país; e 3) o clientelismo eleitoreiro alimentado pela maioria dos nossos legisladores, que procura preservar seus privilégios em nome do serviço aos interesses da população, em que é primordial que não se revolucione setores como a educação.
Enquanto isto, muito dinheiro e tempo (pensemos em gerações) são investidos em educação pública. O fato é que desde uma simples aula de filosofia, matemática ou literatura, até o mais alto nível de pesquisa científica, o país se apequena a cada quadriênio que passa. O texto acima citado, bem como a apresentação do Sr. Lessa, coordenador do CNPQ, na abertura da 21ª Jornada Acadêmica Integrada da UFSM, comprovam que temos números altamente otimistas, gráficos que registram, no caso da escola fundamental, um crescimento extraordinário de matrículas na 1ª série do ensino médio, bem como sobre a conclusão deste, e, lá na outra ponta, a formação de doutores (9500 doutores nos últimos doze meses). Uma das perguntas do próprio coordenador do CNPQ é: onde, mercado para toda essa gente? A outra, feita também por ele, por que, se temos tantos doutores, o número de patentes requeridas é tão pequeno? Apenas 284 patentes, contra 2400 requeridas no mesmo período pela China, com o mesmo contingente de doutores formados. Sem falar dos Estados Unidos, que nesse mesmo período registrou 44 mil requerimentos. Nosso atraso em dar respostas a partir da educação, em boa medida, como dizem Folgaça e Salm, é o credencialismo, que, como ninguém, Sérgio Buarque de Holanda, no seu “Raízes do Brasil”, descreve magistralmente. Vale mais do que a pena reler esta obra seguidamente, pois que parece ser o nosso genuíno testamento, que fala com um critério excepcional sobre nossas heranças culturais. Temos ou não temos assunto para o dia 16 de janeiro no nosso “Filosofia na Escola”? Preparem suas baterias, o Happy New Year está aí e se chama 2007. Mas isso é assunto para os numerólogos.

04 dezembro, 2006

Seminário Filosofia na Escola

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE EDUCAÇÃO

SEMINÁRIO LOCAL
FILOSOFIA NA ESCOLA

16 DE JANEIRO DE 2007
LOCAL – AUDIMAX – CENTRO DE EDUCAÇÃO - UFSM

Objetivos - Apresentar à comunidade acadêmica e à comunidade escolar de Santa Maria e região os resultados parciais da pesquisa Filosofia, Cultura Juvenil e Ensino Médio, as reflexões dos alunos e alunas que realizaram seu estágio curricular em Filosofia no ano de 2006 e fomentar um processo de socialização dos estudos e reflexões sobre ensino de filosofia com todos aqueles e aquelas que têm nesta temática seu objeto de estudo, de investigação e de prática docente.

Programação

8:30 – 8:45 Abertura
8:45 – 10:00 Projeto FILJEM
10:00 – 10:15 Intervalo
10:15 – 12:00 Mesa redonda com professores de Filosofia das Escolas: Filosofia no ensino médio
12:00 – 13:45 Intervalo
13:45 – 15:30 Relatos dos Alunos Estagiários do Curso de Filosofia
15:30 – 15:45 Intervalo
15:45 – 16:30 Filosofia e Transversalidade prof. Ronai Pires da Rocha
16:30 – 17:30 Grupo Cinema, Filosofia e Educação


Inscrições: Gratuitas, na hora e no local do evento.

Promoção: Grupo de Pesquisa Filosofia, Cultura e Ensino Médio
Projeto de Pesquisa Filosofia, Cultura Juvenil e Ensino Médio

Apoios: Centro de Educação
Programa de Pós-Graduação em Educação/UFSM

Equipe Organizadora: Elisete M. Tomazetti; Luis Carlos Boa Nova Valério; Katiuska I. Marçal; Andrei Cerentine; Dariane Carlesso; Aline Schmidt; Adriano M. Oliveria.

Informações: Sala 3278b – Centro de Educação – UFSM Telefone: 55 3220 9414
e-mail: luisvalerio@terra.com.br elisetem@via-rs.net
Blog do Grupo FILJEM: http://plataonaescola.blogspot.com

28 novembro, 2006

Encontro com a psicologia

Segunda-feira, dia 4 de dezembro, às 14h, no Centro de Educação (sala a definir, mas podem se dirigir à sala 3278B), teremos o colóquio sobre "Adolescentes e Identidade: Perspectivas Psicanalíticas Atuais", apresentado por Adriano Oliveira, membro da linha de pesquisa II Educação Política e Cultura do mestrado em educação. Aguardamos todos lá.

25 novembro, 2006

GT Filosofar e Ensinar a Filsofar


No XII Encontro Nacional de Filosofia da Anpof ocorreu a primeira reunião no GT Filosofar e Ensinar a Filosofar, cuja temática centra-se sobre o ensino de filosofia e filosofia na escola. Neste GT ocorreu a apresentação de vários trabalhos, dentre eles o da professora Elisete M. Tomazetti, que tratou de alguns resultados da pesquisa a qual coordena, Filosofia, Cultura Juvenil e Ensino Médio.
A criação deste GT representa a sensibilidade que a comunidade filosófica brasileira, representada pela Anpof, confere ao ensino de filosofia, hoje disciplina obrigatória no ensino médio brasileiro. É um espaço de socialização/apresentação de pesquisas e encaminha para o fortalecimento desta área de pesquisa, até hoje bastante tímida no Brasil.
Novos tempos sopram para o ensino de filosofia.

22 novembro, 2006

Nossa investigação sobre ensino de filosofia na UFSM

A pesquisa que estamos realizando sobre filosofia no ensino médio e cultura juvenil, desde 2004, neste momento nos encaminhou para a leitura do filósofo Deleuze. Nos reunimos nas segundas feira à tarde no Centro de Educação da UFSM para o estudo. Temos convicção da potencialidade que as idéias deste autor traz para nossa investigação e assim que avançarmos nas leituras estaremos socializando-as neste espaço.
Elisete M. Tomazetti

15 novembro, 2006

Encontro 2006 da ANPOF na Bahia


Em outubro passado se realizou em Salvador a 12ª edição da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF). Como todos devem saber, existe o grupo de trabalho (GT) Filosofar e Ensinar a Filosofar, que foi criado em tempos mais recentes, e que vocês têm mais notícias no endereço http://www.filoeduc.org/gt/. Mas sobre o encontro, todos dizem que foi muito bom, um sucesso. Centenas de trabalhos e comunicações de vários profissionais e estudantes de todo Brasil. Alguma notícia rápida que extraí do endereço da ufrgs http://www6.ufrgs.br/idea/index.php?name=News&file=article&sid=736,
e vejam que a ANPOF está mais sulista do que nunca - olhem a formação executiva dela, inclusive com o Prof. Abel da nossa UFSM

“O XII Encontro Nacional de Filosofia realizou-se em Salvador, de 23 a 27 de outubro, com pleno sucesso, servindo claramente ao fortalecimento da comunidade filosófica nacional.Com alegria, informamos que, durante o Encontro, por unanimidade, a Assembléia da ANPOF elegeu a Diretoria para o próximo mandato, que se inicia em 02 de janeiro de 2007, até 01 de janeiro de 2009. A próxima Diretoria compõe-se dos seguintes colegas:

Presidente: Álvaro Luiz Montenegro Valls (UNISINOS);
Secretário Geral: Abel Lassalle Casanave (UFSM);”

Aí em cima o grande gt “Filosofar e Ensinar a Filosofar”; a professora Elisete é a segunda da esq. para dir., na fila do meio. Esse GT na ANPOF abre largas perspectivas para as grandes questões em torno do filosofar e o aperfeiçoamento (de professores e alunos) das concepções de mundo e de educação. É só desafio pela frente. Em abril já está marcado encontro nacional com todos os professores de filosofia e sociologia para definição de um grande programa de ensino nacional para as disciplinas. Fiquem ligados.

02 outubro, 2006

Cláudia Benetti

Pessoal, estou convidando a todos para um seminário com a profa. Cláudia Ciziane Benetti, ex aluna do curso de FIlosofia da UFSM, que desenvolveu uma tese de doutorado sobre ensino de filosofia a partir do referencial Deleuze e LAcan. Seu trabalho estará sendo lançado em livro ainda este ano.
O estudo da profa. Cláudia é muito interessante.
A sala ainda não está definida, mas será divulgada no Centro de Educação.
Data 6 de outubro
Horário 8:30 h.
Um abraço, Elisete

Estou apenas repassando o e-mail da professora Elisete. Andrei

25 julho, 2006

Despesa versus Investimento no Orçamento Público

Legítima a preocupação do Andrei, no "Filosofia e Sociologia no Ensino médio", quando fala que a contratação de professores de filosofia e sociologia irá aumentar a folha de pagamento dos estados. Contudo, quando temos investimento onerando os cofres públicos, o meu, o teu rico dinheirinho que vai aos borbotões em impostos, está muito bem empregado. É investimento. Se a escola pública brasileira se qualifica, a sociedade agradece por esse importante retorno. Outra coisa é a despesa. Esta deve ser reduzida. Combatida, como se propõe o pacto que percorre o Rio Grande. Que os investimentos sirvam para forçar os governantes a estancar a sangria do orçamento público, que se dá pelo mau planejamento, os desmandos e o desperdício desenfreado. Nós não temos idéia do que representa o desperdício no setor público. Se tivéssemos a idéia, matematicamente falando, talvez o nosso posicionamento como cidadãos frente ao Estado fosse muito mais enérgico e eficaz.

Banco de teses e dissertações da Unicamp

Acrescentei o link do banco de teses e dissertações da Educação da Unicamp.

Filosofia e Sociologia no ensino médio

Finalmente o Conselho Nacional de Educação, órgão soberano em termos de decisão educacional no Brasil, homologou e prescreveu a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias no ensino médio para todo o território brasileiro. Nunca tais disciplinas foram obrigatórias em toda história da educação brasileira, nem mesmo antes de 1964 onde eram apenas disciplinas complementares do currículo. Consideramos isso uma vitória por parte da Executiva Nacional dos Estudantes de Filosofia (Enef), da Executiva Nacional dos Estudantes de Ciências Sociais (Enecs), das universidades federais e estaduais e de grande parte da sociedade brasileira que se mostrou enfática quanto a essa obrigação.
As escolas terão um ano para se preparar para essa obrigatoriedade. Contudo, sabemos que devemos pensar nos estados, nos municípios, pois são eles em grande maioria que pagam os professores. Temos então uma bomba que foi passada do Governo Federal para os estados e municípios. Os estados congestionados em contas e déficit públicos terão condições de arcar financeiramente com mais uma conta?
Para responder a essa pergunta, recorremos aos 17 estados que já adotaram Sociologia e Filosofia no currículo do ensino médio. O caso do nosso estado, se encontra com a minoria que ainda não tem essas disciplinas no currículo. Aliás, os estados já teriam que estar preparados para essa mudança, pois desde 1985 se fala no retorno de Filosofia e Sociologia aos currículos básicos. Em 2001 foi tentado de uma forma mais exigente em termos de normas e leis para essa efetivação, mas o projeto foi vetado pelo FHC, que alegava que o Brasil não dispunha de estrutura pessoal para essa proposta. Agora voltando de uma forma mais concisa e por uma certa pressão da sociedade, a avaliação e apreciação do projeto por parte do CNE foi unânime em decidir pela obrigatoriedade.
Era esperado que essa decisão fosse tomada pelo CNE, devido a muitas universidades estarem adequando Filosofia e Sociologia nos seus vestibulares, vejam os casos das universidades: UFPR, UFSM, UNB, UFMG, UEL e outras menores que estão em processo de implantação. Em todas elas é exemplificado o caso da Filosofia, que já está efetivada nos vestibulares dessas universidades. O caso da Sociologia é um pouco mais lento, pois ainda poucas universidades estão incluindo ela no conteúdo dos vestibulares, haja visto o exemplo da UFSM que somente contempla a Filosofia.
Quais as conseqüências dessa obrigatoriedade? Em primeiro lugar, aos entusiastas que imaginam que ela mudará radicalmente o pensamento dos jovens, afirmo que isso não será possível, devido ao tipo de estrutura da educação pública brasileira que ainda não tem um projeto consistente e sério de educação para o ensino médio. Em segundo lugar, a Filosofia e a Sociologia apenas fornecem critérios para uma certa emancipação da consciência de cidadania dos jovens. São instrumentos tão bons quanto a Literatura, a Biologia, a Matemática, o Português e as outras disciplinas obrigatórias. Elas não serviram para livrar nosso país da ditadura e não servirão para mudar radicalmente o país. Por enquanto, elas servirão para complementar a pobre grade curricular do ensino básico no Brasil.
Andrei Vieira Cerentine
Estudante de Filosofia da UFSM
Esse artigo foi publicado no Jornal do Povo de Cachoeira do Sul do dia 21 de julho de 2006.

Espero críticas.

Professor Agnaldo M. Severino

Adicionamos um link novo. O blog do professor Agnaldo (curso de física - UFSM) remete a conteúdos de ciência que podem auxiliar no nosso trabalho. Também tem links interessantes dentro do blog.

08 julho, 2006

Está aí o que "todo mundo queria"!

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=content&task=view&id=5332&FlagNoticias=1&Itemid=5476



Filosofia e sociologia são disciplinas obrigatórias no ensino médio


O Conselho Nacional de Educação (CNE) decidiu nesta sexta-feira, 7, por unanimidade, que as escolas de ensino médio devem oferecer as disciplinas de filosofia e sociologia. A medida torna obrigatória a inclusão das duas matérias no currículo do ensino médio em todo o país, ampliando o que já era praticado em 17 estados.
Segundo o relator da proposta, conselheiro César Callegari, a decisão vai estimular os estudantes a desenvolverem seu espírito crítico. “Isso significa uma aposta para que os alunos possam ter discernimento quando tomam decisões e que sejam tolerantes porque compreendem a origem das diversidades”, declarou.
Na avaliação do titular da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Francisco das Chagas, a medida vai ampliar o número de vagas para profissionais de filosofia e sociologia. “A falta de professores em algumas situações também vai se adequar porque, com o ensino obrigatório das duas disciplinas, os cursos de graduação formarão mais profissionais para atuarem no setor”, disse.
A proposta de mudança foi feita pelo Ministério da Educação em 2005, mas como é do CNE a prerrogativa de definir as diretrizes curriculares nacionais, a deliberação foi feita pelos conselheiros. Agora, o parecer será homologado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. Segundo o documento aprovado, os estados terão um ano para incluir a filosofia e a sociologia na grade curricular do ensino médio.
Mudança – Para o professor de filosofia Aldo Santos, de São Paulo, a decisão vai promover uma mudança na estratégia educacional que desenvolve o pensamento, a reflexão e a ação dos estudantes. “Agora, o jovem vai entender o seu papel na história e saber que ele pode ser um agente transformador na sociedade”, analisou.
A inclusão das disciplinas de sociologia e filosofia no currículo do ensino médio foi comemorada por cerca de 150 professores e estudantes, que compareceram ao auditório do CNE. Houve até champanhe após a aprovação do parecer pelos conselheiros.
Repórter: Flavia Nery

06 julho, 2006

Correções à postagem anterior.

Para o texto do prof. Dr. Antonio Augusto Videira acessar
http://www.scientiaestudia.org.br/revista/PDF/02_02_08_Videira.pdf

Para acessar a conferência de Basarab Nicolescu ir em
http://nicol.club.fr/ciret/bulletin/b12/b12c8por.htm

Ainda, e por muito tempo, a questão da interdisciplinaridade.

Outro dia, na aula de Didática, discutíamos sobre a interdisciplinaridade. Pedro Demo, em seu livro “Conhecimento Moderno” – Sobre ética e intervenção do conhecimento”(Vozes, 1997, pp. 83-134) diz que “a interdisciplinaridade quer um relativo milagre: horizontalizar a verticalização (já explico), para que a visão complexa também seja profunda, e verticalizar a horizontalização para que a visão profunda também seja complexa. [Pausa, então, para esclarecer os termos. Ele utiliza “verticalização” como a postura vocacional da ciência para recortar objetos da realidade, devassando sua realidade mais específica, gerando assim aquele conhecimento superespecializado, profundo. A horizontalização é exatamente o oposto. É a realidade integral, complexa, e quem dela tenta apossar-se não consegue senão ser superficial].
Cito mais um trecho, à página 88-89, para fins de levantar poeira às nossas discussões. Diz ele: “Pode-se admitir a interdisciplinaridade como a arte do aprofundamento com sentido de abrangência, para dar conta, ao mesmo tempo, da particularidade e da complexidade do real. Precisamente porque este intento é complexo, a interdisciplinaridade leva a reconhecer que é melhor praticada em grupo, somando qualitativamente as especialidades.”(Particularmente, não acredito que seja muito produtiva a forma como um professor, isolado dos seus pares catedráticos, pratique a interdisciplinaridade, sem organizar com aqueles o arranjo em comum dos saberes).
Por que estou levantando este assunto? Primeiro, porque ele é vital na formulação das nossas ações para todas as formas de ensino que visem uma saída responsável à aquisição mais rica e segura do conhecimento. É um jeito novo que procuramos de construir conhecimento? Com certeza que esta é uma das principais metas. Por exemplo: a filosofia é interdisciplinar por natureza, mas e a física, a matemática, e as outras disciplinas? Falávamos, naquela aula, sobre esses dilemas. Toquei na questão da transdisciplinaridade ...Então deixo-lhes, aqui, com este assunto que parece tratar sobre (para usar uma metáfora) que veículo usaremos para ir daqui, por exemplo até os EUA. Poderemos planejar ir de navio, de carro, de bicicleta ou, quem sabe, de avião. O que implica planejar uma viagem para cada um destes veículos?
Assim, a nossa discussão tem uma disciplina específica: qual é o efeito que queremos imprimir ao acesso e à aquisição de conhecimentos? Qual é o veículo principal que utilizaremos para isto?
Um bom começo, ou continuação da nossa discussão, pode ser este artigo do professor Dr.Antonio Augusto Videira, do departamento de Filosofia da UFRJ.
(in: http://www.scientiaestudia.org.br/revista/PDF/02_02_08_Videira.pdf)
Ou ainda a conferência de BASARAB NICOLESCU, ainda mais elucidativa, no Congresso International "A Responsabilidade da Universidade para com a Sociedade", International Association of Universities, Chulalongkorn University, Bangkok, Thailand, de 12 a 14 de novembro de 1997.
(in:http://nicol.club.fr/ciret/bulletin/b12/b12c8por.htm#texte).
Perdoem-me se me estendi. É a motivação.

29 junho, 2006

Apesar das sanguessugas, cpis, mps, parece que agora vai

Retirado do Portal do MEC


CNE discute inclusão de filosofia e sociologia no ensino médio

07/06/2006 17h45
O Conselho Nacional de Educação (CNE) reuniu-se nesta quarta-feira, 7, com representantes de diversas entidades de educação, em Brasília. Eles pediram a votação da matéria que institui o ensino obrigatório de filosofia e sociologia no ensino médio. Os conselheiros demonstraram interesse em aprová-la, mas a votação só deve ocorrer no início do próximo mês, entre os dias 4 e 6 de julho [Segundo comunicado que nos foi enviado por Lia Pedroso Licci da Câmara do Ensino Básico, o CNE votará a inclusão das disciplinas de Sociologia e Filosofia no Ensino Médio no dia 7 de julho, sexta-feira, no período da manhã ].
Segundo Cesar Caligari, um dos três relatores do processo, desde o ano passado, o CNE está juntando esforços para rever as diretrizes curriculares do ensino médio. “A reunião foi importante para ouvir diretamente os argumentos. Agora faltam apenas detalhes para fechar o parecer”, comentou.
Os argumentos enfatizaram o aprimoramento da formação estudantil com a inclusão das duas disciplinas nas séries finais da educação básica, que daria uma formação humanista e não só tecnicista; faria os estudantes compreenderem melhor os problemas sociais; e seria fundamental para a existência de um país soberano. Para Oswaldo Lemos, diretor de Relações Institucionais da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), o ensino de filosofia e sociologia na escola “contribuirá para o desenvolvimento social, político e educacional do país”.
Apoio – Lejeune Mato Grosso de Carvalho, vice-presidente do Sindicato dos Sociólogos do Estado de São Paulo e um dos líderes do movimento pela aprovação, esteve na tarde de hoje, 7, com o ministro da Educação, Fernando Haddad. “A votação foi adiada, mas sinaliza aprovação. Espero conseguir agora o empenho do ministro em aprovar a matéria, o que ele já demonstrou antes”, afirmou.
Participaram da reunião representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Conferência Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), Associação dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeosp) e da Ubes.
Repórter: Raquel Maranhão Sá

27 junho, 2006

O Olhar Dele



O flash é do prof. Ronai. E o cântico, simplório, em devaneio é meu.
"Ampliei a fotografia deste vetusto pássaro (bico, patas, pelo da cabeça bem assentado, penas da sobrecasa bem formadas provam que o é) – e aprisonei-o na área de trabalho. Jamais o faria como tantos fazem quando desejam cantos domésticos, particulares para si.
Ampliem-no e observem. Seu olhar é de quem nutre pensamentos judicativos. Seu olhar é pro mundo. Decerto que ele antevê algo. Sua vetustez não é etário-temporal. É imortal na sua presença, porque é a natureza do milagre da Natureza em bico, patas, pena, canto, olhar e pensamento. Não direi mais. Apenas observem-no. E, quem sabe, adivinhando seus pensamentos, descobrimos os nossos próprios."
Belo flash Prof. Ronai.

26 junho, 2006

“ESTUDOS CULTURAIS”, nesta quarta-feira.

Universidade de Birmigham, Inglaterra, 1964. Ocorre, definitivamente, a institucionalização do Centre for Contemporary Cultural Studies, presidido por Richar Hoggart e Raymond Williams, cuja missão central é interpretar “as transformações na concepção de cultura”.
Diz, ainda, Marisa Vorraber Costa, em seu texto “Estudos Culturais – para além das fronteiras disciplinares” (in: “Estudos Culturais em educação: mídia, arquitetura, brinquedo, biologia, literatura, cinema”, Ed. Universidade/UFRGS, 2000) que “...a cultura, nos Estudos Culturais, muitos antes de dizer respeito aos domínios estético ou humanístico (do espírito“cultivado”), está ligada ao domínio político.”
Para quem tem interesse na história da política da cultura até as questões mais emergentes e urgentes do momento cultural/político contemporâneo, expandidas nas mais diversas disciplinas científicas, está convidado para nesta QUARTA-FEIRA, 28, ÀS 14h. NA SALA VERMELHA, CENTRO DE EDUCAÇÃO, participar do painel presidido pela Profa. Márcia Lunardi.
Qualquer outra informação, na sala 3278 B ou no ramal interno 9414.

21 junho, 2006

Parabéns, Paraná. E nós, gaúchos...?

Este é, na íntegra, o e-mail de Emmanuel Appel, do Paraná, aos seus companheiros do Fórum Sul, participantes do Congresso de Londrina, realizado há pouco.


Ontem à tarde, terça, a Assembléia Legislativa do Estado do Paraná, em primeira discussão, aprovou por unanimidade o Projeto de Lei 151/06, de autoria do Deputado Ângelo Vanhoni, que institui como obrigatórias as Disciplinas de Filosofia e de Sociologia na grade curricular do Ensino Médio do Paraná. A segunda discussão, prevista para hoje de manhã, foi transferida para a sessão da próxima segunda-feira, 26 de junho.

Detalhe que vale registrar: um pouco antes da votação, a maioria dos deputados (não me lembro de quantos estavam presentes mas o quórum mínimo é de 28) tinha nas mãos a Carta/Manifesto de Londrina. Vida longa para o Fórum Sul Brasileiro de Filosofia!

18 junho, 2006

Encontramos a alma gêmea do Prof. Ghiraldelli: Dna. Guiomar

Notícias de Educação
07 de Junho de 2006

Adiado debate sobre filosofia no ensino médio
A decisão sobre incluir ou não as disciplinas de filosofia e sociologia na grade curricular do ensino médio foi adiada mais uma vez. A pauta tramita no Conselho Nacional de Educação e, se a mudança for aprovada, as escolas públicas e particulares terão de adaptar suas grades curriculares. Hoje em dia, há apenas a orientação para que os conteúdos dessas matérias sejam ensinados.
Um parecer escrito pelo professor e conselheiro Cesar Callegari defende a inclusão das matérias e estará em debate hoje. Callegari afirma que ambas as disciplinas foram retiradas do currículo para que o ensino de matemática e português se intensificasse. "Mas o resultado geral foi um fracasso. Uma queda na qualidade da educação", afirma.
"Os conteúdos dessas áreas, permitem ao jovem visão mais ampla do mundo e incentivam a construção de valores relacionados à tolerância, à paz", diz.No entanto, a proposta não é unânime. De acordo com a ex-conselheira Guiomar Namo de Melo, a proposta é um retrocesso. "É uma pena, porque é contra o espírito das diretrizes. Toda a orientação é para que não existam disciplinas, mas sim competências. Para que as escolas possam escolher sua proposta pedagógica", diz.
Para a professora, a inclusão das duas matérias só beneficia os professores dessas áreas. "Quando se aprova isso, cria a necessidade do diploma de sociólogo. Esses conhecimentos podem ser trabalhados em história, geografia, literatura. Não precisa ter a disciplina sociologia ou filosofia."
Hoje, caravanas de professores da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) chegam a Brasília para pressionar o conselho e tentar aprovar a inclusão das disciplinas.
"Essas disciplinas sempre tiveram um número de aulas bastante reduzido. E são matérias que têm uma importância muito grande para o desenvolvimento da cidadania", afirma Carlos Ramiro de Castro, presidente do sindicato.
O caminho do parecer, após a discussão e aprovação pelo conselho, é ser homologado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. No país, 17 estados pesquisados pelo MEC, oferecem as disciplinas de maneira obrigatória.
A versão preliminar, que ainda vai ser debatida, aponta que as escolas organizadas em disciplinas terão de incluir filosofia e sociologia no conjunto das outras matérias. A princípio, não haverá um prazo para a adequação, mas, como se trata de diretrizes, os currículos terão de ser adaptados.
Já as escolas com currículo mais flexível poderão manter seu projeto pedagógico. É o caso do Pueri Domus, na capital. "Na nossa grade o que domina não são as disciplinas. Os conceitos de filosofia acabam sendo passados em várias aulas e atividades", diz Luis Antonio Laurelli, diretor de ensino.
(Folha de S. Paulo)

15 junho, 2006

Todos no encontro dia 28/junho

Foi transferido o nosso encontro do dia 21 para o dia 28 de junho, quarta-feira, 14h, Sala Azul, CE, em torno do painel "Estudos Culturais" da Profa. Márcia Lunardi. Contamos com todos. Até lá.

10 junho, 2006

Você tem que vir ao "Nous" como quem vai à academia pra malhar ou à pizzaria: religiosamente

Título em tanto, não? Mas então companheiros "noéticos", parece que todos estão de férias. Mas bem sei que todos estão é trabalhando, e muito. Havendo a possibilidade de ser eu o mais ocioso dentre os amigos do Nous, saltarei à frente do Andrei, como um assaltante de caravanas do deserto, e colocarei a vocês alguma coisa sobre a etimologia do nome "Nous".
Os gregos usavam a palavra nous de diversas maneiras. Como sendo a faculdade de pensar, inteligência, espírito, e na Odisséia (VI, 320) ela assume o significado de sabedoria (já pensaram se a nossa disciplina se chamasse filonous? Chique, não?). Também eles usavam como pensamento objetivo ou como entidade que rege todos os processos do universo. Para Aristóteles o Nous era a parte superior da alma. Posteriormente os latinos a traduziram por Intellectus. Porém, caso o nosso blog levasse esse nome, vejam que certa soberba exalaria daí. Não quero dizer com isso, por vias transversas, que os gregos cultivavam a elegância e a economia dos seus hábitos até (e sobretudo) na linguagem (o que bem pode ser admitido), e os romanos a exuberância e o fulgor. A verdade é que este Nous é clean, indefectível.
Ainda para Plotino (neoplatônico), o nous é a segunda hipóstase, emanada do Uno e emanadora da alma do mundo. Para ele o nous era o ato primeiro do Bem: ele o considerava como o centro do círculo. Também os neopitagóricos consideravam o nous a unidade das idéias.
Eis, então, que temos um turbilhão de princípios implícitos na alma desta palavra. Isto é quase o sagrado, o númeno.
Diante de tanta grandeza, vocês, queridos amigos noéticos, não se sentem absolutamente inclinados a começar, imediatamente, a compor o rico mosaico de idéias em que se constituirá o Nous, tão-só pela riqueza contida nas suas próprias idéias?
Mãos a obra!

09 junho, 2006

Carta/Manifesto de Londrina em favor da Filosofia

Carta/Manifesto de Londrina em favor da Filosofia como disciplina obrigatória no Ensino Médio


Os coordenadores, professores e estudantes dos cursos de Filosofia dos Estados do sul (e de outras regiões do Brasil), integrantes do Fórum Sul de Filosofia, reunidos na Universidade Estadual de Londrina nos dias 10, 11 e 12 de maio, durante o VI Simpósio Sul Brasileiro sobre o Ensino de Filosofia, VIII Encontro de Cursos de Filosofia e I Congresso Internacional sobre Filosofia na Universidade, considerando a situação atual do Ensino de Filosofia e de Sociologia no Brasil, vêm manifestar publicamente:
1.
SEU APOIO ao parecer da Secretaria do Ensino Básico do Ministério da Educação (MEC-SEB) que estabelece diretrizes para as disciplinas de Filosofia e Sociologia no Ensino Médio e altera a resolução 03/98 da Câmara do Ensino Básico do Conselho Nacional de Educação (CNE-CEB). Essa resolução, no artigo 10º, parágrafo 2º, alínea B, põe os conhecimentos de Filosofia e de Sociologia no viés da interdisciplinaridade e da contextualização, ou seja, como temas transversais com outros conhecimentos, outras disciplinas. Ao determinar esta condição, deixa a Filosofia e a Sociologia, ao mesmo tempo, em todo e em nenhum lugar. Na verdade, é somente enquanto matérias de Ensino, enquanto disciplinas, que seus conhecimentos podem contribuir com a interdisciplinaridade e a contextualização. Em termos bem claros, a eliminação da disciplina enquanto tal impede a própria interdisciplinaridade. É por meio da disciplina que se pode estabelecer a interdisciplinaridade. Mais ainda: a reinclusão da Filosofia e da Sociologia como disciplinas obrigatórias só será bem sucedida com professores que tenham sido plena e adequadamente formados para esta tarefa.
O Ministério da Educação vem trabalhando, desde 2003, na reformulação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) do ensino médio para reafirmá-los e oferecê-los como orientação curricular para as disciplinas. Nos seus encontros regionais, onde se articula tal reformulação, vem sendo consensualmente dito e acentuado que só se pode discutir orientação curricular para o ensino da Filosofia e da Sociologia se ambas tiverem tratamento disciplinar, status de disciplinas.
Atualmente, sabe-se que metade dos Estados já reintroduziram a Filosofia e a Sociologia como disciplinas, seja como obrigatórias na base nacional comum ou como optativas na parte diversificada. Se esse retorno da Filosofia e da Sociologia pode ser visto como um bom exemplo da autonomia dos sistemas estaduais, muito melhor certamente seria, dada a quantidade de pessoas envolvidas, se eles tivessem uma base legal nacional para sustentar-se. Por outro lado, essa mesma base legal determinaria a discussão sobre a obrigatoriedade da Filosofia e da Sociologia nos Estados onde isso não ocorre.

2.
SEU APOIO ao Recurso (139/2004) do deputado Carlos Abicalil, propondo que o Projeto de Lei (1.641/03) do deputado Ribamar Alves -- que inclui a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias em todas as séries do Ensino Médio -- seja discutido em plenário da Câmara dos Deputados. Para facilitar o diálogo e o entendimento com os professores das demais disciplinas, os participantes, professores e estudantes de filosofia, não fecham posição quanto ao número de aulas por série nem quanto à sua obrigatoriedade nas três séries, mas entendem que o mínimo para cada disciplina, Filosofia e Sociologia, seria de ao menos duas aulas semanais em pelo menos uma das séries do nível médio, cabendo à escola estabelecer, no conjunto dos demais conteúdos curriculares, a carga horária apropriada para estas disciplinas.

3.
SEU APOIO também ao Projeto de Lei (151/06) do deputado estadual Ângelo Vanhoni, que reintroduz a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias nas escolas do Ensino Médio no Paraná e propõe que sua regulamentação seja discutida pelo Conselho Estadual de Educação. Em vista disto, solicita-se que o Conselho paute com urgência essa discussão.

4.
SEU APOIO às iniciativas do Departamento do Ensino Médio da Secretaria de Educação do Estado do Paraná, que vem trabalhando com objetividade para a reintrodução da Filosofia e da Sociologia como disciplinas necessárias ao currículo do Ensino Médio.

5.
SUA DISPOSIÇÃO de colaborar, procurando até mesmo comprometer suas respectivas instituições de ensino na política nacional de formação de professores, a fim de capacitar continuadamente o trabalho docente.

6.
SUA CONDIÇÃO de signatários da Declaração de Paris para a Filosofia, aprovada durante as jornadas internacionais sobre Philosophie et Démocratie dans le Monde, organizadas pela Unesco, em fevereiro de 1995.

7.
Por fim, QUE ENTENDEM como direito de cidadania garantir aos estudantes o acesso aos textos dos filósofos e aos conhecimentos de filosofia.


Londrina, 12 de maio de 2006.
As entidades, coordenadores de curso e professores abaixo relacionados subscrevem esta carta:

Celso Cândido (UNISINOS), Adriana Mattar Maamari (UEL) e Joce Giotto (UNICS) – Equipe de coordenação do Fórum Sul de Filosofia e Ensino.
Walter Omar Kohan - Professor Titular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - Coordenador do Grupo de Trabalho “Filosofar e Ensinar a Filosofar” - Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF).
Gonçalo Armijos Palácios (Professor Titular da Universidade Federal de Goiás) e Humberto Guido (Professor Titular da Universidade Federal de Uberlândia) – Representantes do Fórum Centro Oeste de Filosofia e Ensino.
João Carlos Salles Pires da Silva - Presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia – ANPOF.

Rodrigo Pelloso Gelamo - Doutorando da pós graduação em Educação da Unesp de Marília.
Márcio Antônio Cardoso Lima - Professor Adjunto da Universidade Federal do Tocantins/Campus Universitário de Miracema.
Filipe Ceppas - Professor do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UGF-RJ Professor de Prática de Ensino em Filosofia da PUC-RJ .
Rosi Giordano – Professora da Universidade Federal do Pará – Fórum Norte de Filosofia e Ensino.
Marcos von Zuben - Coordenador de graduação em Filosofia – IESCO.
Renato Nunes - Professor do Curso de Filosofia da UNISC e Sub-Chefe do Departamento de Ciências Humanas da UNISC Flavio Williges - Coordenador do Curso de Filosofia da UNISC.
Raquel Walloni Klaudat – Professora de Filosofia pela UFRGS.

Arnildo Pommer – Coordenador de Curso – Unijuí

Joana Tolentino Batista – Professora de Filosofia – RJ.

Lisete Rigoni - Licenciada em Filosofia – UFC - Integrante do Mathesis Laboratório Pedagógico de Filosofia – UFC.
Márcio Danelon - Faculdade de Educação - Universidade Federal de Uberlândia.
Cláudio Roberto Brocanelli - Mestre em Educação - Universidade Estadual Paulista - UNESP - Marília – SP - Doutorando em Educação - Universidade Estadual Paulista - UNESP - Marília – SP.

Liliana Oliveira – Professora e representante da FAPAS (Santa Maria).

Marta Vitória de Alencar - Escola de Aplicação/FE-USP.
José Fernandes Weber – Chefe de depto. Filosofia – Universidade Estadual de Londrina – PR.

Antonio Tadeu Campos de Bairros – Prof. de Filosofia UEL – Coordenador de Estágio.


Simone Freitas da Silva Gallina – Professora – FAPAS (Santa Maria).

Rita de Cassia Sant' Anna de Athayde Gonçalves - Professora do Curso de Filosofia do Centro Universitário Franciscano - UNIFRA/ Santa Maria.

Joce Giotto – Professora da UNICS – Palmas – Pr.

Márcia Cristina de Souza Pugas - Rio de Janeiro – Sociologia.

Maria Alice Coelho Ribas - Professora do Curso de Filosofia do Centro Universitário Franciscano- UNIFRA/Santa Maria.

Ricardo Antonio Rodrigues - Centro Universitário Franciscano - Santa Maria, RS.

Marisa Meller - Professora do Curso de Filosofia do Centro Universitário Franciscano - UNIFRA/ Santa Maria.

Humberto Guido - Diretor da Faculdade de Artes, Filosofia e Ciências Sociais da UFU.

Evandro Alberto Schuler – Professor/ Pesquisador de Filosofia.
Anita Helena Schlesener - Professora de Filosofia – UFPR - e Mestrado em Educação - UTP.
Eduardo Salles de Oliveira Barra - Professor adjunto do Departamento de Filosofia da UFPR.
José Veríssimo – Professor/ pesquisador de Filosofia.
Delvan – Professor/ pesquisador de Filosofia.
Daniel Monteiro da Silva - Pia Sociedade de S. Paulo.

Elisete M. Tomazetti – Professora - UFSM.

José Luiz de Souza Maranhão – Professor/ Pesquisador de Filosofia.

Remi Shorn – Prof. Unijuí - Doutorando PUCRS.

Rejane Giacomassi - Profª de Filosofia no Ensino Médio da Rede Estadual/Curitiba-Paraná - Profª de Iniciação à Filosofia no Ensino Fundamental(séries iniciais) da Rede Municipal de Educação de Curitiba/Pr.

Antonio dos Santos Neto - Decano Adjunto do CTCH – PUCPR - Diretor do Curso de Filosofia da PUCPR.

Vinicius Berlendis de Figueiredo - Professor Adjunto do Departamento de Filosofia da Universidade Federal do Paraná - Bolsista Produtividade do CNPq
Editor da Revista de Filosofia "Dois Pontos" - Coordenador do Grupo "Estudos de Filosofia Moderna e Contemporânea" (UFPR/CNPq).

Geraldo Bladuino Horn – Professor UFPR - NESEF (Núcleo de Estudos Sobre Educação Filosófica).
Cecilia Maria Pinto Pires - membro do GT Ética e Cidadania da ANPOF - Professora Titular de Filosofia da UNISINOS.
Walace Soares de Oliveira – Professor de Filosofia - Faculdade Cristo Rei Cornélio Procópio.Maria Isabel Limongi - Professora de Dpto de Filosofia da UFPR; pesquisadora CNPQ.
Rogério Tolfo – Coordenação de curso, representando os professore de Filosofia da Unochapecó.

Castor M.M. Bartolomé Ruiz - Dr. Filosofia PPG-Filosofia Unisinos - Coordenador do GT-ANPOF Ética e Cidadania - Coordenador da Cátedra Unesco de Direitos Humanos, Unisinos.

Paulo Denisar Fraga - Depto. de Filosofia e Psicologia da Unijuí, RS.
Ademir Aparecido Pinhelli Mendes - Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

Eliane Caldas – Professora/ pesquisadora de Filosofia.

Eliana Gonçalves - Professora de Filosofia do Ensino Médio da Rede Pública do Estado do Paraná e integrante de uma equipe de gestores de trabalho do Plano Estadual de Educação, na SEED.

Ivone Fonseca Bengochea- Coordenação do PENSARE, Centro de Estudos de Filosofia, Cultura e Humanidades.
Darcísio Natal Muraro - Centro Brasileiro de Filosofia para CriançasCentro Paranaense de Filosofia - Fundação Sidónio Muralha.
Maria Amelia Sabbag Zainko - Doutora em Educação - Professora/pesquisadora sênior do PPGE/UFPR.

Sergio Sardi – Professor e representante da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas - FFCH - e o Departamento de Filosofia da PUCRS.

Robespierre de Oliveira – Professor de Filosofia – Universidade Estadual de Maringá.
Edison Casagranda - Coordenador do Curso de Filosofia. Idalgo J. Sangalli - Coordenador do Curso de Filosofia - UCSUniversidade de Caxias do Sul. Luciano Marques de Jesus – Representante da FFCH e do Departamento de Filosofia da PUCRS.
Solange M. Norjosa Gonzaga – Profa. Titular do Depto. Filosofia e C.Sociais da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) - Doutoranda em História da Filosofia Antiga - UNICAMP.

08 junho, 2006

Onde está o gerente?

Onde está o gerente? Quero falar com o gerente deste blog. Por onde anda o Sr. Andrei? Comunico-lhe, Sr. gerente, que para o seu contato "underground..." enviei dois ou três emails que foram rejeitados. Precisamos da confirmação do seu contato urgente. Pessoas que tenho falado sobre o "Nous" estão interessadas e querem ser convidadas a participar. Favor nos informar sobre seu email. Aproveito para divulgar e extender o convite a todos, sobre o encontro que teremos dia 21 de junho, quarta-feira, às 14h, na Sala Azul do Centro de Educação. Ocasião em que será apresentado o painel "Estudos Culturais", presidido pela Profa. Márcia Lunardi. A propósito, seu gerente, onde está a matéria sobre "Nous" que o amigo havia prometido só porque eu solicitei, portanto, que lhe impus? Perdão e um abraço. Qualquer informação sobre o encontro supracitado, ligue para 32209414 ou vá à sala 3278B, CE.

30 maio, 2006

Que isso Sr. Guiraldhelli!

Deixemos de lado, na matéria do Ghiraldelli, os pontos "filosofia para crianças" (que para ele nem é "com crianças", mas isto é assunto adiado, e o "filosofia clínica". Quando à exposição dele sobre o "ensino de filosofia", de fato não entendi a descompostura e tresloucamento em cima de uma atividade que não se pretende querer saber, hoje, tão-somente quais são os caminhos para se ensinar filosofia. Quero crer, que muitas pessoas que estão pesquisando sério a grande problemática "ensino de filosofia", estão abertas e absolutamente conectadas a todo um mundo de fatores que envolvem não só a filosofia, mas todos os agentes: alunos, professores. supervisores/coordenadores, diretores, os três poderes, pais,empresários, mercado de trabalho, universidade, pesquisa científica, cultural e artística.A razão da presença da filosofia na escola todos sabem que é profícua, mas poucos sabem de fato o quanto ela é capaz de fazer render socialmente. Pouquíssimos sabem dos resultados otimistas que podem ser alcançados. Raros acreditam nisso.Eis o grande motivo por que é preciso pensar "como vamos trabalhar com a filosofia".Tirá-la dos mantos sagrados e fazê-la circular [de novo] pelas ruas e mercados, livremente. Plantando coisas importantes em cada habitante dessa pólis megacosmolita dos nossos dias.Vamos nos reencontrar todos através de uma escola melhor, de uma sociedade melhor, de uma filosofia cada vez melhor.Lamento pela opinião nefasta do Sr. Ghiraldelli.Eles não faz mais parte da geração que irá mudar os grandes setores das relações afetivas e de conhecimento dos seres humanos.

o problema da criação e do consenso

Quero deixar em declarado a minha solidariedade ao prezado Andrei que se inspirou, criou, decidiu e alimentou a gênese deste blog; que não teve apoio sequer meu para esse ato de elogiável empreendedorismo. Esperamos, Andrei, futuramente, render a tua memória todos os louvores que lhe cabem. Um abraço, do teu novo convidado.

22 maio, 2006

Paulo Ghiraldelli

Leiam isso que ele publicou no blog próprio blog.
acessem pelo link:
http://ghiraldelli.blogspot.com/2006/04/cancros-prximos-da-filosofia.html

Eu achei estúpido (quanto ao tema 'ensino de filosofia').

A escolha do nome do blog

Foi interessante notar que a discussão à respeito do nome do blog não obteve consenso, então eu decidi criar um nome. Não sei se agradará a todos, mas eu pensei um pouco sobre a questão e resolvi chamá-lo de "Nous". Lembrei dessa palavra, pois ela para mim lembra Platão. O que tem a ver Platão com o nosso grupo? Posso postar algo mais tarde dizendo esse 'porquê', mas agora não quero adiantar um texto que nem saiu direito da minha cabeça. Apenas quero destacar que 'Nous' refere-se a designação que Platão dá da união do pensamento discursivo com o pensamento intuitivo. Ao perceber essa união, noto que nosso grupo tem um intuito parecido. Não quero me remeter no plano da pesquisa sobre o que realmente Platão quis dizer com pensamento discursivo ou intuitivo. Para mim, o mais interessante é abrir uma discussão sobre o nosso discurso cultural unido com nossa intuição pedagógica. Bom, agora abro uma discussão sobre essa possibilidade, ficando ao critério dos participantes desse blog a decisão sobre e relevância dessa discussão. Aquilo que eu penso sobre isso fica para uma outra hora, pois ainda penso sobre.